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Não importa qual o tamanho do seu disco, um dia você vai precisar aprender a liberar espaço no HD ou no SSD para otimizar o funcionamento do seu computador e possibilitar a instalação de mais programas ou armazenamento de arquivos importantes.

Resolvi escrever este artigo para consolidar todas as dicas de como liberar espaço no HD de um micro que possui o sistema operacional Windows instalado.

Executei essas dicas no notebook da minha esposa e consegui liberar 75GB de espaço, excluindo somente arquivos temporários e desnecessários que estavam ocupando lugar no disco rígido. Algumas dicas serão óbvias – e extremamente importantes – mas outras serão avançadas e você terá que executar com cautela.

Resumindo, explicarei como desinstalar programas desnecessários, reduzir o tamanho da pasta Windows\Installer, efetuar a limpeza dos arquivos temporários com o programa CCleaner, diminuir o tamanho da pasta Windows\WinSxS e descobrir quais as pastas que estão ocupando mais espaço no seu disco.

Vamos então para a sequência de dicas, do mais básico para o mais avançado.

#1 – Desinstalar Programas Desnecessários

A primeira dica é a mais óbvia de todas: desinstale os programas que você não usa mais. Parece besteira mas sempre temos uns programas instalados no computador que não utilizamos mais.

Para isso, abra o Painel de Controle ->Programas e Recursos. Outra forma de abrir essa janela é acessando o Executar (tecla Windows+R) e executar o comando appwiz.cpl.

Nesta nova janela serão listados todos os programas que estão atualmente instalados no seu computador.

Revise a lista e clique duas vezes sobre o programa que deseja desinstalar.

ATENÇÃO
Só desinstale os programas que você realmente sabe que não utilizará mais. Se não conhece o nome do programa, deixe-o instalado. É melhor pecar pelo cuidado nessa hora.

#2 – Liberar Espaço no HD: Limpeza de Disco

Outra dica óbvia – que muita gente ainda não conhece – é o programa Limpeza de Disco do próprio Windows. Com esse programa você vai conseguir liberar um bom espaço no seu HD, pois ele consegue apagar arquivos temporários, arquivos de log do Windows, relatórios de erros, arquivos da lixeira, dentre outros que não nos interessam e que estão apenas ocupando espaço no disco.

Para abrir esse programa vá no menu Iniciar -> Todos os Programas -> Acessórios -> Ferramentas do Sistema -> Limpeza de Disco.

Outra forma de executá-lo é acessando o Executar (tecla Windows+R) e executar o comando cleanmgr.

Limpeza de Disco - Analisando o Windows - Liberar espaço no HD Ao abrir o programa Limpeza de Disco ele vai começar a analisar o seu computador para listar as opções disponíveis para a limpeza. Ao terminar a análise será apresentada uma tela parecida com a da figura abaixo:
Limpeza de Disco - Liberar Espaço no HD

Antes de clicar em OK, sugiro que selecione a opção “Limpar arquivos do sistema“, para que o programa analise mais profundamente as opções de limpeza do Windows. Aguarde a execução da nova análise.

Ao término do processo de análise o programa apresentará novamente as opções disponíveis para a limpeza. Selecione todas elas e clique no botão OK.

Pronto, agora o seu disco rígido já deve estar com mais espaço sobrando, mas vamos continuar que temos mais dicas para liberar espaço no HD.

#3 – Limpar arquivos temporários com o CCleaner

Apesar da dica #2 acima funcionar muito bem, o programa Limpeza de Disco do Windows não faz o trabalho completo de apagar todos os arquivos desnecessários. Por isso precisamos do CCleaner para completar essa etapa.

O CCleaner é um excelente programa para a limpeza de arquivos temporários e o melhor de tudo é que possui uma versão bem completa e totalmente gratuita chamada CCleaner Free. Acesse o link, baixe o programa e o instale em seu computador.

CCleaner Free - Aba WindowsCCleaner Free - Aba ApplicationsCCleaner Free - Cleaning Complete

*Clique nas imagens para ampliá-las.

Ao abrir o CCleaner, a primeira tela acima será exibida, com a aba Windows em destaque. Selecione todas as opções menos a “Wipe Free Space”.

Altere para a aba “Applications” e selecione todas as opções.

Antes de executar o próximo passo, feche todos os programas que estejam abertos, principalmente o Internet Explorer, Google Chrome e o Mozilla Firefox.

Agora clique no botão “Run Cleaner” e aguarde a execução do programa.

A terceira imagem acima mostra um resumo do que foi executado e a quantidade de espaço liberado. No exemplo da imagem foram liberados 713MB.

Agora a quantidade de espaço livre deve ter aumentado bastante. Vamos então para umas dicas um pouco mais avançadas.

#4 – Desabilite a opção de Hibernar

Você provavelmente não utiliza esta função e ela pode estar tirando alguns bons Gigabytes de espaço do seu disco rígido.

Pra quem não conhece essa função, hibernar é jogar todas as informações que estão na memória RAM para o HD e desligar o micro. Quando você ligar o computador novamente o Windows entende que havia hibernado e volta com todas as informações para a memória RAM.

Este procedimento acelera a iniciação do sistema operacional, mas consome bastante espaço no HD. Se você conseguir viver sem essa funcionalidade – eu consigo – então pode prosseguir com a dica.

Abra o prompt de comando em modo administrador e execute o comando powercfg.exe /hibernate off

Desabilitar Hibernar do Windows via Prompt de Comando

No notebook da minha esposa esse comando liberou 3GB de espaço no HD.

#5 – Limpar o iTunes

Essa dica é só para aqueles que possuem o programa iTunes instalado no computador. Este programa serve para gerenciar os dispositivos da Apple (iPod, iPhone, iPad e Apple Watch). Ele faz backup das informações desses aparelhos salvando arquivos de música, fotos, aplicativos e opções de configuração no HD do seu computador.

Nem preciso falar que isso consome muito espaço, não é mesmo?

Com o mundo cada vez mais conectado – com acesso mais fácil a redes Wi-Fi de alta velocidade – acho melhor gerenciar as atualizações do iOS, aplicativos e podcasts diretamente pelo dispositivo, tornando o uso do iTunes irrelevante para esses casos.

Se você é como eu – que utiliza pouco o iTunes – então prossiga com essa dica e salve muito espaço no seu computador!

Apagar backups do iTunes

Fazer backup é sempre muito importante e os backups dos dispositivos da Apple também o são. O problema é quando você tem vários backups antigos ocupando espaço desnecessário.

A dica aqui é manter apenas um backup, excluindo os mais antigos.

Para isso, abra o iTunes e vá no menu Editar -> Preferências.

Na janela que se abre, vá em Dispositivos.

iTunes - Preferências dos Dispositivos - Backups

Veja na imagem acima que existe apenas um backup do dia 21/08/2015 às 21h21. No seu caso, verifique quantos backups existem no seu iTunes e apague os que são antigos.

A sugestão é deixar apenas o último. Esses backups podem estar consumindo vários Gigabytes de dados do seu HD.

Apagar aplicativos do iTunes

Mesmo conceito explicado acima. Os aplicativos podem ser atualizados diretamente pelos dispositivos (iPod, iPhone, iPad, Apple Watch), então não temos a necessidade de tê-los salvos também no HD.

Para sabermos onde os aplicativos estão instalados, precisamos descobrir onde está a pasta iTunes Media.

Para descobrir essa pasta, dentro do iTunes, vá no menu Editar -> Preferências -> Avançado.

Veja no exemplo da imagem abaixo a localização da minha pasta iTunes Media.

Pasta iTunes Media - Preferências - Guia Avançado

Agora que você sabe onde fica a sua pasta iTunes Media, abra ela no Windows Explorer e vá até a pasta Mobile Applications que fica dentro dela.

Delete todos os arquivos com a extensão “ipa”. Esses arquivos são os instaladores dos aplicativos dos seus dispositivos.

Certamente você salvará muito espaço em seu disco rígido. Ah! Não esqueça de limpar a sua lixeira.

Apagar podcasts do iTunes

Dentro da pasta iTunes Media, acesse a pasta Podcasts e delete todas as suas pastas e arquivos.

Caso você queira manter algum arquivo de Podcasts específico, basta não excluí-lo.

Como sou fã de podcasts, tenho vários no meu smartphone, porém não os salvo em meu notebook exatamente para não ocupar espaço.

Caso queira ouvir algum episódio novamente eu acesso o feed e baixo o arquivo.

No desespero para liberar espaço no HD essa é certamente uma ótima dica.

Caso você não escute podcasts então provavelmente esta pasta não conterá muitos arquivos, mas nunca pule essa etapa. Você pode se surpreender! Ah! Não esqueça de limpar a sua lixeira novamente.

#6 – Reduzir o tamanho da pasta Windows\Installer

Essa dica eu considero ser de nível muito avançado, apesar de ser muito simples de executar. Essa pasta Windows\Installer contém os arquivos MSI e MSP de redundância de instalação dos programas do sistema operacional.

Toda atualização do Windows Update grava arquivos nessa pasta para possibilitar que sejam desinstaladas no futuro. Caso você decida prosseguir com essa dica, fique ciente que não será mais possível desinstalar essas atualizações do Windows.

Por experiência própria, nunca precisei desinstalar uma atualização do Windows. Creio então que você pode prosseguir sem riscos. Executei esse procedimento no meu notebook e no da minha esposa e consegui reduzir o tamanho dessa pasta de 22GB para 5GB!

Acesse o site appnee.com/wicleanup e baixe o programa WICleanup.

Ele vem num arquivo “.zip”. Extraia o seu conteúdo para uma pasta que você conheça o local.

Execute novamente o prompt de comando em modo administrador, acesse a pasta onde você extraiu o programa (lembrando que para acessar uma pasta no DOS você deve executar o comando CD, seguido do endereço completo da pasta). Veja um exemplo na figura abaixo:

Executando o WICleanupC no Prompt de Comando

Depois de acessar a pasta, execute o comando WICleanupC.EXE -S.

Pronto. Um monte de espaço será liberado do seu HD.

OBS: Alguns sites alertam que esse programa WICleanupC.EXE pode conter um vírus. Isso pode acontecer se você baixar o arquivo de um local diferente da página do desenvolvedor do programa. Portanto, baixe somente de appnee.com/wicleanup.

#7 – Reduzir o tamanho da pasta Windows\WinSxS

Esta pasta WinSxS é uma pasta do sistema operacional que armazena várias versões de diversos arquivos. Ela faz isso para manter a compatibilidade com diversos programas. O problema é que nem sempre precisamos de todas as versões desses arquivos e isso acaba ocupando muito espaço no HD.

Escrevi um artigo separado que explica em detalhes como reduzir o tamanho desta pasta WinSxS. Recomendo a visita para aprender mais essa dica avançada.

Só por curiosidade, esse artigo sobre a pasta WinSxS é um dos mais acessados daqui do BrunoCunha.com.

#8 – Descobrir as maiores pastas do seu HD

Se você executou todas as dicas anteriores, certamente o seu HD estará com muito mais espaço livre do que antes. Isso é realmente uma grande vitória, pois você não precisou comprar um HD maior para conseguir gravar mais arquivos no computador.

Apesar disso, existem arquivos que não são temporários, e nem descartáveis, que só você poderá removê-los do computador. Estou falando dos seus arquivos pessoais.

Tenho certeza que alguns arquivos seus podem ser removidos sem que fique com aquele peso na consciência.

Para te ajudar a encontrar as principais pastas e arquivos que estão ocupando espaço no seu disco rígido, sugiro que utilize o programa WinDirStat. Após baixar e instalar o programa, abra-o e selecione as unidades que deseja começar a análise (geralmente só existe uma unidade, a C:, mas é possível que existam outras. Selecione as que utiliza para armazenar seus arquivos).

Este programa mostrará quais as pastas que estão ocupando mais espaço no seu HD. Vasculhe as principais pastas e exclua somente os arquivos que você tiver certeza absoluta que não precisará mais.

OBS: Exclua somente as pastas e arquivos que você tiver certeza absoluta que não utilizará mais! Não vá excluir uma pasta chamada “Users” só porque você não a conhece. Se não conhece, então não exclua. #FicaDica

Veja abaixo uma tela de exemplo da análise desse programa:

Tela para análise do WinDirStat

Conclusão

Se você chegou até aqui e seguiu todas as dicas então você é um vencedor. Certamente uma pessoa com muita paciência e dedicação! :)

Brincadeiras à parte, esse post/tutorial ficou bem grande, mas resolvi consolidar tudo num único artigo pois foi seguindo todos esses passos que consegui liberar 75GB de arquivos desnecessários no notebook da minha esposa.

Espero que as dicas aqui também te ajude a salvar muitos Gigabytes do seu HD e que você não precise comprar outro maior por um bom tempo.

Se ficou com dúvida em algum ponto, comente abaixo que tentarei ajudar. Se gostou das dicas, compartilhe com seus amigos. Eles provavelmente vão gostar também.

Será que consigo descrever a resenha desse livro 7 – O Guerreiro Pagão? Como expliquei no último post sobre As Crônicas Saxônicas, li os seis primeiros volumes numa sequência ininterrupta e, por isso, é praticamente impossível para mim dividir as histórias em livros individuais.

Como já comentei em posts passados, nem todo livro que leio escrevo uma resenha, mas todas as publicadas são de livros que li.

Como gostei tanto das histórias Vikings, tenho que escrever mais uma dedicada a esse sétimo volume.

O Guerreiro Pagão

Capa do Livro - O Guerreiro Pagão

Mais uma vez Uhtred Uhtredson de Bebbanburg foi Uhtred Uhtredson de Bebbanburg! Um sangue inglês de pele Viking que sempre arruma confusão por onde passa, e uma pessoa a que todos pedem socorro quando o perigo do norte cruza as fronteiras.

A história começa com ele fazendo uma grande besteira por causa do seu filho cristão. Sofre represálias da igreja católica por causa disso e vira praticamente um nômade expulso de suas terras. No fim, como um grande salvador de Wessex, é ovacionado pelo mesmo povo que o expulsou de suas terras.

O enredo parece o mesmo dos seis livros anteriores. Começa na calmaria, tem uma invasão Viking e tudo termina bem, mas desta vez o leitor ficará apreensivo pela dúvida que surge: será que Uhtred finalmente morre? Afinal, Uhtred já passou dos 50 anos em O Guerreiro Pagão e deve ser considerado um ancião para os padrões da época.

Apesar da apreensão do final do sétimo livro, que é um eclipse quando você espera um nascer do Sol, tenho certeza que Uhtred não morreu.

Tive essa convicção ao entrar numa Saraiva e ver que o oitavo volume, O Trono Vazio, já está à venda! Apesar de Uhtred ser um personagem fictício, e a história da Inglaterra antiga ter ocorrido sem ele, será que a saga As Crônicas Saxônicas sobreviveria sem o seu protagonista? Creio que não.

Conclusão

Espero então que Bernard Cornwell ressuscite Uhtred Uhtredson nessa sequência e nos guie por mais uma ótima aventura pela Inglaterra dos tempos dos Vikings!

Adorei este sétimo livro. Nem preciso me esforçar para te recomendar a leitura. Tenho certeza que, se já leu os seis primeiros, certamente está sedento em participar de mais essa aventura Viking!

Se já leu, comente o que achou abaixo e vamos conversar mais sobre O Guerreiro Pagão.

Finalmente o segundo livro do Affonso Solano foi lançado. Depois de um hiato de dois anos – o primeiro havia sido lançado em 2013 -, O Espadachim de Carvão e As Pontes de Puzur é lançado na XVII Bienal Internacional do Livro (setembro/2015) pela editora LeYa.

Como não sou bobo, me programei pra visitar a Bienal e comprar logo o meu exemplar. Infelizmente não consegui ir no dia em que o Affonso Solano estava dando os autógrafos – também não sei se minha esposa aguentaria esperar 7h na fila comigo pra pegar esse autógrafo -, mas saí de lá com o meu exemplar de capa rosa debaixo do braço.

O primeiro sentimento que tive ao segurar este livro foi uma grande tristeza. Tristeza ao perceber que a viagem de volta a Kurgala seria muito breve. O livro tem apenas 190 páginas e é muito mais fino do que os que li recentemente (As Crônicas Saxônicas). Enfim, comecei a ler na mesma noite pós Bienal e terminei na noite seguinte. Meu twitter “bombou” com meus comentários de pura felicidade. ;)

Vamos então para a minha resenha…

Passado x Presente

O Espadachim de Carvão e As Pontes de Puzur

A palavra puzur na capa está escrita – para mim – em letras minúsculas, indicando então que não se trata de um personagem. Talvez indique se tratar de um local singular em Kurgala para onde Adapak deva seguir para continuar a sua saga. A arte da capa talvez queira mostrar um Adapak cabeçudo e tocador de viola, na beira da ponte de puzur, novamente em paz com seu amigo ushariani, num mundo onde águas-vivas voam entre as nuvens… Tudo errado!

Prováveis Spoilers
Talvez escreva alguns spoilers daqui em diante. Prossiga com cuidado. ;)

Não! Puzur é com letra maiúscula e é o nome de um dos maiores ladrões de Kurgala. Um ushariani que luta com três espadas que são um presente para o inimigo

Esse segundo volume da saga conta a história de Puzur no ciclo 529 da Era dos Mortais, mas não consegui descobrir quanto tempo esse ano é no passado de Adapak. Será que é um passado maior que a vida de um ushariani?

Não sei se um livro pode conter dois protagonistas – pois não sou escritor e não conheço essas regras -, mas neste caso podemos considerar duas histórias com dois personagens principais: uma no passado sobre Puzur e outra no presente contando muito pouco sobre Adapak.

No passado Puzur passa por aventuras para tentar descobrir como libertar sua mãe adotiva, enquanto no presente Adapak tenta apenas ler uns livros sem ter que utilizar os círculos para sobreviver.

O engraçado na história das Pontes de Puzur é que ambos os personagens desaparecem no final da saga, deixando o leitor apreensivo por não saber se morreram ou se retornarão no próximo livro…

Espero que sim!

Conclusões

Apesar do meu comentário acima, com relação à quantidade de páginas, adorei ter voltado para Kurgala. Agora com mapa! Adorei também a saga do novo personagem ushariani e me pergunto: será que esse passado se cruzará com o de Adapak? Será que este será treinado por aquele? ;)

O livro está muito bem escrito e o Affonso se mostrou um poeta ao escrever alguns trechos de música para as aventuras de Telalec Puzur.

Parabéns mais uma vez ao autor! Agora, a poucos dias depois do lançamento do segundo volume, já começa a pressão inevitável: quando sai o próximo!???

Espero que não demore muito.

AH! Senti falta apenas de um glossário dos nomes de Kurgala. Não consegui imaginar como seriam alguns animais dessa mitologia. Se tivesse um glossário ajudaria muito e criaria um volume épico. Quem sabe um guia ilustrado também ehn!?

Então é isso. Se quiserem saber mais sobre a Saga do Espadachim de Carvão, visitem o site do autor.

Também gostou do livro? Não gostou da resenha? Quer comentar? Então comente abaixo e vamos conversar.

Com essa turbulência na economia brasileira, provocada pelo aumento da inflação, aumento da taxa básica de juros (SELIC), aumento da recessão, redução da meta de superávit primário, baixa popularidade da presidente Dilma, aumento do dólar, baixa dos preços das commodities, operação Lava Jato e muitas outras variáveis políticas, a pergunta que faço é: qual a melhor aplicação em renda fixa para preservar o meu dinheiro? Este post lhe apresentará uma planilha para auxiliá-lo nessa decisão.

Muitos criticarão dizendo que renda fixa não rende nada e que devemos focar na renda variável, mas a volatilidade atual da bolsa de valores filtra os investidores menos propensos a riscos elevados. Mantém-se fiéis somente aqueles profissionais que preferem especular no nível difícil, que tentam alcançar alguma vantagem que a crise possa trazer.

É claro que tem gente ganhando dinheiro com a bolsa de valores, mas como não sou profissional da renda variável, e o cenário atual está muito favorável para os investimentos em renda fixa, resolvi escrever esse post, disponibilizar a planilha gratuitamente para download, e ajudá-lo a escolher qual a melhor aplicação para o seu dinheiro.

A ideia de escrever esse post surgiu depois que recebi um e-mail do João Sandrini, editor chefe do site InfoMoney, indicando o artigo “Qual é o melhor CDB ou título público: pré, pós ou indexado à inflação?“. Neste artigo o Sandrini disponibiliza uma planilha simplificada que também auxilia na escolha do melhor investimento em renda fixa.

Baixei a planilha dele resolvi complementar com algumas informações importantes. Arrisco a dizer que ficou melhor que a original. O curioso é que eu havia detectado erros em duas fórmulas da planilha do InfoMoney, que foram prontamente corrigidos depois que os informei. Veja nas imagens:

Meu comentário sobre o erro na planilha do InfoMoney

Comentário do Bruno Cunha sobre um erro na planilha do InfoMoney

E-mail do InfoMoney corrigindo a planilha

E-mail do InfoMoney reconhecendo o erro na planilha

Depois das curiosidades, vamos para a explicação de como utilizar essa planilha gratuita que complementei.

Qual a melhor aplicação em renda fixa atualmente?

A resposta mais simples para essa pergunta é: aquela que te oferece as melhores condições. Para isso você terá que verificar nos bancos que tem conta, ou nas suas corretoras de valores, quais as opções que estão sendo oferecidas.

Quando comparamos um título CDB de um banco, com um título CDB de outro banco, ambos sendo indexados pelo CDI e com o mesmo prazo de resgate, fica fácil saber o melhor olhando somente para o percentual de retorno. Um CDB que paga 110% do CDI é melhor do que o que paga 90% do CDI, certo? Certo, mas quando tentamos comparar entre os diversos tipos de aplicações (CDB, LCA, LCI, Tesouro Direto, pré ou pós fixado), essa análise fica um pouco mais complicada.

A planilha disponibilizada gratuitamente nesse post te auxiliará no comparativo entre os diversos tipos de aplicações e você poderá tomar a decisão que te trará o melhor retorno. Abaixo você poderá realizar o download e aprender em detalhes como utilizá-la. Sugiro que leia o post até o fim para aprender a aproveitar o máximo desta planilha.

Download da Planilha: melhor aplicação em renda fixa

Download do modelo de convite de palhaço para festa infantilClique aqui e faça o download da planilha

Como utilizar a planilha de renda fixa

O primeiro cuidado que você deve ter ao utilizar a planilha é alterar somente os campos numéricos que estão em amarelo. Não altere principalmente as células que possuem fórmulas.

A primeira parte determina qual será o seu objetivo de prazo e valor a ser investido. Abaixo a imagem em destaque e, mais abaixo, a explicação do que é cada linha.

Objetivo de prazo e valor a ser investido

Prazo do investimento (em meses)

Nessa linha você deve informar por quantos meses pretende manter o valor investido sem sacá-lo de volta para a sua conta. É com base nesse período que a planilha calculará o montante de rendimento e também o imposto de renda a ser descontado.

Importante notar que esse prazo será o mesmo para todos os tipos de investimento em renda fixa dessa planilha, para manter essa variável “Prazo” constante em todas as opções de investimento.

Montante a ser Investido

Nessa linha você deve informar o valor em Reais (R$) que pretende investir.

Juros do contrato de DI futuro mais próximo do vencimento do título que você está interessado em comprar (CDI)

Nessa linha devemos informar o valor dos juros do contrato DI futuro. Para simplificar, basta entender que aqui entra o valor do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) que o mercado está estimando pra uma determinada data no futuro.

Esta taxa pode ser obtida na página de cotação on-line de DI futuro da BM&FBovespa, que segue um padrão internacional de nomenclatura para a determinação do prazo.

Ao acessar a página de cotação você vai reparar na coluna “Vecto.” que as datas de vencimento dos contratos são informados com uma letra seguida de dois números. Os números representam o ano de vencimento do contrato DI e a letra corresponde ao mês, conforme a tabela abaixo:Tabela de legenda dos meses de vencimento dos títulos DI futuro

Com isso, se você quiser saber qual a taxa prevista do contrato DI em outubro de 2021, você deve procurar pelo código “V20” na coluna “Vecto.” e verificar qual o valor informado na coluna “Último Preço” ou, caso não tenha valor, verificar na coluna “Últ.Of.Compra”.

Nesse exemplo, de um contrato DI com vencimento em outubro/2021 (V21), a taxa que está sendo negociada é de 13,60% (dados de 10/08/2015).

Existirão casos em que essa página de cotação não informará uma data que você necessita. Quando isso acontecer, escolha uma mais próxima do prazo que você pretende manter o seu investimento.

Por que informar uma taxa futura ao invés de uma taxa presente?

A taxa futura reflete uma expectativa do mercado de como estará a economia naquela data. Como isso é calculado eu não faço ideia, mas entendo que esse valor é o mais confiável que podemos utilizar na nossa simulação.

Utilizar a taxa futura nos leva a um cenário futuro da economia e pode nos responder se é mais vantajoso investir em ativos indexados à inflação ou à taxa básica de juros.

DI Mensal

Essa linha é apenas informativa e mostra o valor da taxa DI futura mensal, já que o valor informado anteriormente é de uma taxa anualizada.

CDB / Tesouro Selic / Letra de Câmbio Pós-fixado

Essa tabela abrange os títulos pós-fixados indexados ao DI já informado. A dica agora é buscar em todos os seus bancos e corretoras o melhor título nessa categoria de pós-fixados que você consegue investir, com o montante de dinheiro pretendido, e no prazo informado anteriormente.

Isso é importante, pois não adianta informar aqui um CDB que paga 130% do CDI, com aplicação mínima é de R$1 milhão, se você pretende investir no máximo R$30 mil. Pesquise o melhor título dentre as opções disponíveis nas suas possibilidades.Tabela dos títulos pós-fixados

Lembre-se de alterar somente a célula numérica em amarelo.

OBS: Para simular o Tesouro Selic, basta informar 100% em “Rentabilidade Bruta Mensal”. Com isso simplifica o comparativo, pois o Tesouro Selic paga bem próximo do CDI.

As demais linhas são autoexplicativas e calculadas automaticamente pela planilha.

CDB / Tesouro Prefixado / Letra de Câmbio Prefixado

Essa parte da tabela contempla os títulos pré-fixados. Estes títulos são aqueles com uma taxa pré-determinada no momento da compra e não variam ao longo do tempo.

Não sou muito fã desses tipos de títulos, pois ficam desprotegidos da variação da inflação e da taxa de juros da economia, mas em alguns casos podem proteger seu patrimônio. De qualquer forma, não os desconsidere da sua análise.Tabela dos títulos pré-fixados

Lembre-se de alterar somente a célula numérica em amarelo. As as outras são calculadas automaticamente.

CDB / Tesouro IPCA+ / Letra Câmbio Indexada à Inflação

Nessa tabela são tratados os títulos que pagam uma taxa fixa além da variação da inflação. Com esse título você sempre terá um ganho real acima da inflação garantido por essa taxa pré-acordada.Tabela dos títulos que pagam taxa mais inflação

Taxa Pré-acordada

Informe quantos porcento de taxa será pago pelo melhor título que encontrou nessa categoria. O título Tesouro IPCA+ é dessa categoria e a sua taxa pode ser vista na página do próprio Tesouro Direto.

Previsão de IPCA para os próximos 12 meses

O ideal é fornecer nessa célula a previsão da inflação (IPCA) dos próximos 12 meses. Para isso basta acessar a página do relatório FOCUS do Banco Central, clicar no relatório com a data mais atual e consultar a previsão do IPCA da primeira tabela na coluna “Hoje”. No exemplo abaixo o valor do IPCA é de 5,59% (dados do relatório de 07/08/2015).Tabela de previsão do IPCA para os próximos 12 meses*clique na imagem para vê-la maior.

O restante das linhas é informativo e calculado automaticamente.

LCI / LCA

Nessa tabela você deve informar a melhor cotação para LCI (Letra de Crédito Imobiliário) ou LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) que encontrar em seus bancos e corretoras.

Uma particularidade desse tipo de investimento é que não tem cobrança de imposto de renda e, geralmente, é um dos melhores investimentos em renda fixa no mercado, mas isso a planilha poderá te responder no final.Tabela para LCI ou LCA

Caderneta de Poupança

Atualmente a famosa Caderneta de Poupança não está superando nem a inflação, quanto mais vencer uma disputa com as demais opções de investimento em renda fixa definidos anteriormente, mas deixei ela na planilha exatamente para que você compare a diferença dos rendimentos.Tabela da Caderneta de Poupança

Rentabilidade mensal média

Você pode obter a rentabilidade média da caderneta de poupança na página da remuneração dos depósitos de poupança do Banco Central, coluna “Remuneração total” da planilha. Basta pegar a informação mais atual da tabela ou, se quiser ser mais detalhista, calcule uma média dos últimos 30 ou 60 dias.

Tabela Resumo: Melhor aplicação em renda fixa

Depois de completar todas as informações acima, a planilha te indicará qual o melhor título de renda fixa dentre as opções que você tem disponível em seus bancos e corretoras.

Dentre as opções fornecidas nos exemplos, a melhor foi a LCI / LCA, com uma rentabilidade líquida de 13,22% ao ano.

Com essa informação você já pode escolher o melhor investimento, que estará destacado em verde nessa tabela.Tabela Resumo - Melhor aplicação em renda fixa*clique na imagem para vê-la maior.

Simulando: CDB pagando 117% do CDI

Como havia informado, LCI e LCA não são tributadas quanto ao imposto de renda sobre o lucro, como ocorre nas outras opções de investimento e, por isso, criamos a falsa impressão de que são sempre as melhores opões de investimento disponíveis no mercado. Nem sempre…

A simulação agora é mantermos o mesmo prazo de 24 meses, com o mesmo valor de R$100 mil, os mesmos 14,30% de taxa DI, só que agora com a possibilidade de investir num CDB pós-fixado que está pagando 117% do CDI.

Enquanto escrevo este post vejo que existe um CDB do Banco Pine, pela corretora XP Investimentos, que está oferecendo exatamente essa taxa de 117%, com grau de risco A3 definido pela agência  Moody’s. Ou seja, uma excelente oportunidade.Tabela dos títulos pós-fixados - Simulado 117%

Colocando então essa informação na planilha, e mantendo as outras informações, vamos ver como fica o novo resultado:

Novo resultado

Repare que agora a melhor opção de investimento em renda fixa mudou da LCI / LCA para o investimento do tipo pós fixado.Tabela Resumo - Melhor aplicação em renda fixa - Simulado 117%*clique na imagem para vê-la maior.

Essa última simulação nos mostra que mesmo um título que paga imposto de renda pode ser mais vantajoso que outro que tenha isenção de imposto. Espero que este exemplo tenha te alertado a sempre pesquisar entre as diversas opções disponíveis. Mais um motivo para usar a planilha! ;)

Conclusão

Investir é certamente uma arte e precisa de estudos para entender qual a melhor opção disponível no mercado. Esta planilha de comparação de renda fixa te ajudará a comparar as diversas opções de títulos disponíveis no seu banco ou corretora, mas a decisão de onde investir será sempre sua.

Uma outra dica que gostaria de compartilhar é: desconfie sempre das dicas do gerente do seu banco. Ele geralmente vai te oferecer a melhor opção para o banco. Lembre-se, ele é funcionário do banco e tem que cumprir metas. ;)

Espero que este post e a planilha te ajudem a escolher os melhores investimentos em renda fixa e que, no mínimo, tenha lhe incentivado a estudar mais sobre esse assunto.

OBS: Nos cálculos não estão sendo considerados as taxas cobradas pelas corretoras e bancos, pois variam bastante, mas não creio que impactarão muito no resultado. Apesar disso, aconselho a você que também estude bastante sobre essas taxas.

Espero que tenha gostado do post e peço que compartilhe com seus amigos! Incentive eles a investirem melhor e diminua o risco deles te pedirem dinheiro emprestado! :)

Esta área Livro-Lido serve para que eu compartilhe as minhas experiências de leitura com os meus leitores daqui do blog. Todas as resenhas que aqui publico são de livros que li, mas nem todos os que leio desenvolvo uma resenha.

Geralmente escrevo um post para cada livro lido, mas nesse caso da série As Crônicas Saxônicas, do autor Bernard Cornwell, não consegui manter esta regra. Os livros são tão empolgantes, e tão fáceis de ler com o meu Kindle Paperwhite, que terminei os seis primeiros volumes em sequência ininterrupta.

Essa leitura frenética acabou me atrapalhando quando tenho que fazer uma resenha específica de cada livro. Por isso decidi consolidar em apenas um único post as minhas impressões desses seis primeiros livros.

Sempre ouvi falar bem de Bernard Corwell e decidi começar a ler por essa série das Crônicas Saxônicas e não estou me arrependendo da escolha. Depois de ter começado descobri que nem todos os livros foram publicados ainda e isso é sempre preocupante. Ninguém vive pra sempre e escrever um livro leva tempo, não é mesmo George Martin?

Livros As Crônicas Saxônicas - Bernard Cornwell

Uhtred de Bebbanburg – O guerreiro fictício

As Crônicas Saxônicas misturam fatos reais com fictícios usando como plano de fundo a Inglaterra antiga do século IX. O autor utiliza fatos históricos para criar uma narrativa convincente e viciante com personagens fictícios para conectar as lacunas dos registros históricos, e romantizar um pouco uma época onde ninguém devia tomar banho e a morte vinha gratuitamente para aqueles que piscavam na hora errada.

Uhtred Uhtredson é um desses personagens fictícios, inserido no contexto histórico pelo autor, para nos guiar e viver as aventuras daquela época de lutas, derrotas e conquistas. É o protagonista que narra todos os acontecimentos e o principal guerreiro do Rei Alfredo, mesmo que odiasse essa condição.

Como protagonista, acompanhamos a evolução desse personagem desde criança. Desde o momento que virar órfão, passa a ser “escravo” de Vikings dinamarqueses, reforça suas crenças aos Deuses pagãos, evolui para um grande guerreiro e luta contra o povo que ama em favor de um rei e deus que odeia.

É realmente impressionante como este personagem nos conquista. Levando-se em conta a época em que vivia, todas as pitadas para se criar um herói são colocadas ao longo dos livros para que amemos Uhtred, mesmo que não concordemos com algumas de suas atitudes.

As Crônicas Saxônicas

A série As Crônicas Saxônicas começa a se passar no século IX, numa região dividia em vários reinos (Wessex, Nortúmbria, Mércia, Ânglia Oriental etc.), que vivia sendo invadida por Vikings dinamarqueses em busca das terras férteis, de clima ameno, e ótimo lugar para se criar a família. Pelo outro lado o rei de Wessex tinha como sonho a unificação desses reinos e a criação da Inglaterra.

Este período da história foi certamente muito sangrento. Um período onde a guerra envolvia espadas, escudos, cavalos, barcos e navios… Tudo para ajudar a umedecer a terra de vermelho.

Apesar dessa tensão de morte, Cornwell consegue prender o leitor com as estratégias de guerra vencedoras do protagonista e a briga política/religiosa que tenta governar o reino acima do rei.

Essa série é composta, até o momento, de sete livros publicados aqui no Brasil. São eles:

01- O Último Reino
02- O Cavaleiro da Morte
03- Os Senhores do Norte
04- A Canção da Espada
05- Terra em Chamas
06- Morte dos Reis
07- O Guerreiro Pagão

O oitavo livro, já publicado lá fora com o nome de The Empty Throne (algo como O Trono Vazio), tem previsão de ser publicado no Brasil em agosto de 2015. Vamos aguardar.

Conclusão

Mesmo que a série ainda não tenha sido concluída pelo autor, pois sempre corremos o risco de não ser terminada (#GoT), recomendo a leitura para todos que gostem de histórias Vikings, brigas com espadas, escudos, cavalos, tramas políticas e um herói humano inteligente.

Adorei esses seis primeiros livros e começarei a ler o próximo (O Guerreio Pagão) logo-logo. Vou dar um tempo agora pra ler alguns livros mais “cabeça”. MBA na veia!

Gostou do post ou já leu algum desses livros? Comente aqui embaixo e compartilhe as suas impressões também!

*PS: repararam que a capa de um livro é a continuação da capa do livro anterior? ;) Só reparei quando montei essa arte para o post.

Sempre tive a noção de que juntar dinheiro é importante e que precisamos reservar um percentual da nossa renda para alcançar um objetivo futuro; seja uma viagem, um carro novo, um apartamento ou a aposentadoria.

Essa é a postura financeira que adoto em todas as minhas decisões de compra e tem me deixado bem longe das dívidas ruins (explicarei sobre “dívida ruim” em outro post). Porém, uma coisa que nunca paramos para pensar com calma é a relação que o dinheiro tem com o tempo.

Todos concordam que, se um amigo pedir emprestado R$1.000,00 hoje e garantir que te devolverá os mesmos R$1.000,00 daqui a um ano, você ficará com uma pulga atrás da orelha pensando que daqui a um ano esses mil reais não valerão a mesma quantia.

Esse sentimento de que o dinheiro do passado não compra o mesmo produto no presente e que o dinheiro de hoje não comprará o mesmo produto no futuro está diretamente ligado ao assunto desse post: valor do dinheiro no tempo.

O poder de compra do dinheiro sofre influências da inflação, da variação cambial e dos juros, e essa flutuação pode diminuir o poder do dinheiro. O contrário também é verdadeiro, ou seja, o poder de compra do seu dinheiro hoje pode aumentar no futuro, desde que você invista corretamente.

Na disciplina de Matemática Financeira do meu MBA em Gestão Empresarial na FGV, ministrada pelo excelente professor Fernando Mendonça da Fonseca, esse conceito foi lapidado e me senti animado em compartilhar com você esses ensinamentos. O post ficou um pouco grande mas tenho certeza que o ajudará a cuidar do seu dinheiro com mais inteligência. Boa leitura!

Custo do Dinheiro no TempoO Dinheiro no Tempo da Inflação

Como expliquei acima, o poder de compra do dinheiro sofre influência da inflação. Ela corrói esse poder de compra com o passar do tempo, ou seja, você não consegue mais comprar o mesmo produto no futuro com o mesmo montante de dinheiro que tem hoje. A não ser que a inflação seja negativa mas isso eu nunca vi no Brasil.

Quando a inflação é muito alta percebemos rapidamente essa influência, pois notamos claramente o aumento no preço do produto. Esse aumento, para o nosso escopo, pode ser considerado como o reflexo direto da inflação.

Vamos a um exemplo:

Hoje você quer comprar um smartphone que custa R$1.000,00, mas decide guardar esse dinheiro embaixo do colchão para comprá-lo somente quando o seu celular atual parar de funcionar. Depois de 12 meses o seu celular quebra, você tira o dinheiro debaixo do colchão, vai até a loja e vê que agora o mesmo smartphone custa R$1.090,00. Isso aconteceu porque a inflação anual foi de 9% e o preço do produto foi reajustado.

Como você manteve o dinheiro debaixo do colchão, ele não se valorizou e perdeu o poder de compra, ou seja, você não consegue mais comprar o produto com o valor que ele tinha a 12 meses atrás.

OBS: Nesse exemplo desconsiderei a depreciação do bem ao longo do tempo e a redução nos preços dos modelos de versões anteriores devido a febre de lançamentos anuais dos novos modelos desse tipo de produto. O exemplo é pra focar na questão do poder de compra do seu dinheiro.

O Dinheiro no Tempo dos Juros

O contrário da perda do poder de compra é o aumento desse poder. Ainda pensando no exemplo do smarthone acima, se, ao invés de ter guardado o dinheiro embaixo do colchão, você o tivesse investido em algum lugar que acompanhasse a inflação, você teria os mesmos R$1.090,00 ao final dos 12 meses e, portanto, conseguiria comprar o celular desejado, pois o rendimento compensaria a perda provocada pela inflação.

Agora imagine se você conseguisse investir esse dinheiro em algo que superasse as perdas provocadas pela inflação!? Se conseguir isso você estará aumentando o poder de compra do seu dinheiro.

Suponha que você tenha investido num fundo que rendeu 1% ao mês durante esses 12 meses. No final do período aqueles R$1.000,00 se transformaram em R$1.126,83.

Como agora o smartphone custa R$1.090,00, você consegue comprá-lo à vista e ainda terá R$36,83 de troco pra comprar uma capinha legal. Isso sem considerar que geralmente pagando à vista você ainda pode negociar um desconto no valor.

O que gostaria de fixar na sua mente até aqui é que existem várias opções de investimento no mercado que garantem um retorno acima da inflação, ou seja, você conseguirá facilmente aumentar o poder de compra do seu suado dinheiro investindo nos lugares certos. Não é o foco desse post indicar como fazer isso, porque o mais importante no momento será explicado a seguir.

Pagar à vista ou parcelado, qual a melhor opção?

Muitas pessoas responderão imediatamente que pagar à vista é sempre a melhor opção, mas digo que a resposta correta é: nem sempre.

Por que nem sempre? Porque vai depender do dinheiro no tempo.

Vamos diretamente ao exemplo abaixo que ajudará a responder a essa pergunta e que contém uma pegadinha de marketing que muitos não se atentam.

Decidi comprar um tênis de corrida e procurei bastante na internet. O melhor produto para mim foi o Mizuno Wave Creation 16. A oferta está na figura:

Parcelamento Tênis Mizuno Creation 16

A pergunta chave que faço é: qual o preço desse tênis?

Você provavelmente vai dizer que o preço normal dele é R$649,90, mas está sendo vendido por R$389,90 ou incríveis 12x de R$32,49 sem juros. Se multiplicarmos essas parcelas teremos então R$389,88, que é dois centavos mais barato que o preço com o desconto!

Fenomenal essa promoção, certo?

Também achei e por isso comprei o tênis, mas você errou completamente se acreditou que o preço do produto é R$649,90 ou R$389,90. O preço real desse tênis é o valor dele pago à vista, ou seja, R$370,41 (veja mais abaixo na figura). Portanto, todos os cálculos de parcelamento e juros devem ser baseados nesse valor. Explico abaixo.

Os Juros embutidos no parcelamento sem juros

Como devemos sempre considerar o valor à vista para calcularmos os juros, que é ele o valor financiado, constatamos que esta loja está cobrando 0,80% ao mês de juros se o consumidor optar pela compra parcelada em 12 vezes.

O cálculo para descobrir a taxa de juros nesse caso é bem simples de ser feito numa calculadora financeira, mas não é o escopo desse post. O que precisa ficar claro é que você pagará R$389,90 ao final de 12 meses por um produto que custa R$370,41 hoje. Essa diferença de R$19,49 (R$389,90 – R$370,41) é o montante dos juros cobrado por esse financiamento.

Neste caso do tênis o pagamento à vista seria mais indicado, para que você não pague os juros embutidos no financiamento. Mas existem casos em que é melhor pagar os juros.

Quando é melhor pagar parcelado?

Ainda com base no exemplo do tênis, suponhamos que a loja não desse qualquer desconto para o pagamento à vista e que o menor valor do produto seja mesmo os R$389,90. Nesse caso específico os juros do parcelamento seria de 0%, ou seja, sem juros.

A maior vantagem neste caso seria então parcelar a compra em 12 vezes, pois você poderia investir o valor do produto, resgatar os valores para o pagamento das parcelas e, no fim, sobraria dinheiro pra você. Veja na tabela abaixo a evolução desse rendimento supondo um investimento de 1% ao mês.

Período Dinheiro Investido Taxa de Juros Rendimento Prestações
0 R$ 389,90 1% a. m. R$ 3,90  R$0,00
1 R$ 393,80 1% a. m. R$ 3,94 R$ 32,49
2 R$ 365,25 1% a. m. R$ 3,65 R$ 32,49
3 R$ 336,41 1% a. m. R$ 3,36 R$ 32,49
4 R$ 307,28 1% a. m. R$ 3,07 R$ 32,49
5 R$ 277,87 1% a. m. R$ 2,78 R$ 32,49
6 R$ 248,16 1% a. m. R$ 2,48 R$ 32,49
7 R$ 218,15 1% a. m. R$ 2,18 R$ 32,49
8 R$ 187,84 1% a. m. R$ 1,88 R$ 32,49
9 R$ 157,23 1% a. m. R$ 1,57 R$ 32,49
10 R$ 126,31 1% a. m. R$ 1,26 R$ 32,49
11 R$ 95,08 1% a. m. R$ 0,95 R$ 32,49
12 R$ 63,54 1% a. m. R$ 0,64 R$ 32,49
13 R$ 31,69 1% a. m.

 

Explicando rapidamente o conceito dessa planilha de fluxo de rendimento, no período zero você investe o dinheiro, que é atualizado com seu rendimento no período seguinte. No período 1 você começa a pagar as prestações e o dinheiro vai diminuindo, pois a prestação é maior que os rendimentos. Essa conta prossegue até o final das prestações.

Após quitá-las ainda tens um saldo de R$31,69 na conta proveniente dos rendimentos. Esse valor parece pouco, mas representa 8,73% do seu investimento inicial. Se o cenário fosse a compra de um carro de R$70.000,00, 8,73% seria então R$6.111,00. É uma boa quantia ou não é?

Conclusão

Espero que esse conceito do dinheiro no tempo tenha ficado bem claro na sua cabeça e que você utilize esse conhecimento quando for analisar as suas próximas compras.

Pense sempre em quanto os seus investimentos estão rendendo em termos percentuais pra decidir se vale a pena pagar à vista ou comprar parcelado. O ideal seria aprender a realizar esses cálculos mas isso fica para outros posts, quem sabe…

Se ainda permaneceu com alguma dúvida, escreva um comentário pra mim logo abaixo que tentarei responder da forma mais clara possível.

O opt-out pode ser a solução! Você é daqueles que sente medo antes de abrir a caixa de entrada do e-mail? Para alguns essa sensação acontece sempre, pois hoje em dia os novos e-mails chegam num volume às vezes “ingerenciável”! Neste post vou comentar sobre uma ótima dica para diminuir a quantidade de e-mails que você precisa lidar diariamente.

No grande bolo de e-mails que recebemos, parte deles são e-mails importantes, uma outra grande parte de SPAMs e outra de e-mails com propagandas e newsletters. Para o primeiro grupo, dos e-mails importantes, não tem outro jeito senão atacá-los com a faca nos dentes e resolvê-los. Utilizo várias técnicas para tratar desse grupo, mas ainda não é o escopo desse post.

Para o segundo grupo, o dos e-mails indesejáveis (SPAMs), só existe a opção de confiar e melhorar os filtros anti-spams do seu gerenciador de e-mail. Utilizo o Gmail e o filtro dele é muito bom, apesar de errar de vez enquanto. Não tem jeito, você vai ter sempre que indicar para os filtros anti-sapams os e-mails que não devem ser considerados SPAMs e indicar os que passaram pelo filtro erroneamente.

O motivo desse post é tratar aqueles e-mails que você deve estar achando que são SPAMs mas não são. Muitos e-mails são considerados válidos e chamados de newsletters, ou seja, você pode até não saber, mas optou pelo recebimento deles.

Quando você faz o cadastro num site de e-commerce, por exemplo (Americanas.com, Submarino, Ponto Frio, etc.), sempre tem uma opção disponível para que você aceite o recebimento de newsletters com promoções dessas empresas.

SPAM x Newsletter

A grande diferença entre um SPAM e um e-mail do tipo newsletter é que você pode optar por não mais receber as newsletters. As empresas sérias respeitam essa questão e sempre disponibilizam opções para que o cliente cancele o recebimento desse tipo de e-mail.

No caso dos SPAMs você não tem essa opção de cancelamento. Você passa a recebê-los sem consentimento e não existe forma de bloqueá-los. No máximo filtrá-los.

Opt-out é a solução

Como já comentei, as empresas sérias se preocupam em não poluir a caixa de e-mail de seus clientes e só enviam e-mails de propaganda para aqueles que optaram pelo recebimento.

Concordo com você que, às vezes, aceitamos pelo recebimento desses e-mails sem sabermos realmente que estamos fazendo isso. Muitas vezes este aceite está implícito nos termos de uso do serviço (aqueles textos enormes que nunca lemos) ou opções de aceite dentre as outras que acabam passando despercebidas. O fato é que você aceitou receber tais e-mails e a vantagem, nesse caso, é que você pode solicitar o cancelamento deles.

Todo e-mail de empresa séria vem com uma opção para que você cancele o recebimento de futuros e-mails. Esta opção é conhecida como “Opt-out” e pode vir logo no início do e-mail ou bem no final.

Com esta opção você pode indicar para a empresa que não deseja mais receber tais e-mails e, portanto, ela não mais enviará para você tais newsletters.

Essa opção de descadastro pode vir de várias formas. Abaixo algumas imagens com algumas opções:

Opção de opt-out no início da newsletter da Americanas.com
Opt-out Americanas.com

Opção de opt-out no final da newsletter da Empiricus
Opt-out Empiricus

Opção de opt-out no final da newsletter do Linkedin
Opt-out Linkedin

Opção de opt-out no início da newsletter do Submarino Viagens
Opt-out Submarino Viagens no início do e-mail

Opção de opt-out no final da newsletter do Submarino Viagens
Opt-out Submarino Viagens no fim do e-mail

Cuidado com o Opt-out falso

Infelizmente nem tudo é um mar de rosas. Os Spamers (pessoas que enviam SPAMs) não ficam parados e implementaram uma forma de validar os e-mails dos destinatários. Como? Colocando em seus e-mails de SPAM uma opção de descadastro que, na verdade, executam um script que indica ao Spamer que o seu e-mail é de uma pessoa real. Isso acontece quando o link do e-mail é acionado.

Se você clicar num opt-out falso, certamente passará a receber muito mais SPAMs, pois agora eles saberão que o seu e-mail é válido e de uma pessoa real, ou seja, que tem muito mais chance de ser lido.

Recomendo a leitura do post que dou dicas para reconhecer um e-mail falso.

Conclusão

Como vimos, temos mais essa opção para diminuirmos a quantidade de e-mails indesejados em nossa caixa de entrada, mas devemos tomar cuidado em realizar essa ação de cancelamento somente nos de empresas conhecidas.

Espero que tenha gostado da dica e, caso tenha ainda alguma dúvida, escreva abaixo nos comentários.

Comecei em maio de 2015 o MBA em Gestão Empresarial na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a primeira aula foi sobre Gestão Estratégica. Talvez esta disciplina não devesse ser a primeira, pois a Gestão Estratégica toma como premissa que uma empresa já existe e, na teoria, ainda não aprendemos a criar uma empresa, mas por questões de agenda da excelente professora Maria Cândida Torres, esta disciplina acabou sendo antecipada.

Apesar dessa antecipação na grade curricular do MBA, não creio que tenha atrapalhado em nada o entendimento dessa ferramenta estratégica.

Como orientado pela Terres, criei um resumo de toda a matéria data em sala de aula para me ajudar no estudo para a prova. Achei que o resumo ficou tão legal que resolvi compartilhar aqui no blog também. Espero que goste do resumo.

1. Definição do Negócio

– O que é?
CA + CB (Cliente Alvo + Core Business).
É o que a empresa faz para atingir o seu cliente alvo.
O CB pode ser restrito ou amplo. Na Petrobras, por exemplo, o CB restrito é o Petróleo e o CB Amplo é a Energia.
O CA tem que perceber o valor oferecido pelo CB da empresa.

– Importância:
Define os ramos de atuação, produtos ou serviços da empresa (posicionamento) para alcançar o seu cliente alvo.

– Exemplo (LAN-UOL):
“Distribuir combustível para os postos conveniados e prestar serviço ao cliente final.”

O CB da LAN-UOL é distribuição de combustíveis para os postos e prestação de serviço para o cliente final pela loja, lavagem de automóvel e borracheiro.

O CA são os postos conveniados e os clientes da loja de conveniência, lavagem de automóvel e borracharia.

*LAN-UOL é uma empresa de distribuição de combustível que foi apresentada como estudo de caso para os exercícios em sala de aula. Todo o resumo foi baseado nesse estudo de caso que, apesar de não estar aqui no post, não atrapalhará o entendimento dos principais conceitos da Gestão Estratégica.

2. Visão

– O que é?
É o desejo ou sonho de futuro no qual a empresa quer alcançar.
Pode ter um prazo de 3, 5 ou 10 anos, mas deve ser mensurável, ou seja, estar claro quando for alcançada.
Tem que ser definida pelo líder, pois define a direção que a empresa deverá seguir.
Uma revisão na Visão cancela as versões anteriores.

– Importância:
Direciona os esforços da empresa para um objetivo futuro comum, com uma meta e prazo claramente definidos.
Proporciona alinhamento dentro da empresa, alinhando os esforços de seus colaboradores para alcançar este futuro comum.

– Exemplo (LAN-UOL):
“Tornar-se uma das três maiores distribuidoras de combustível e rede de posto de serviço no Brasil até 2020.”
O prazo está claro (2020) e a meta é ser uma das três maiores distribuidoras do Brasil.

3. Missão

– O que é?
É a razão de existir da empresa e também o “como” para se chegar na Visão.

Tem a vocação para a eternidade. Pode permanecer inalterada mesmo quando a Visão sofrer atualizações. Porém muda quando o Negócio se altera.

Pode dar mais ênfase para os stakeholders (acionistas, fornecedores, clientes, funcionários e a sociedade), o negócio e/ou o produto.

Responde as cinco perguntas básicas:

  • Qual o negócio da organização?
  • Quem é o seu cliente?
  • Qual o escopo da organização?
  • Qual a sua vantagem competitiva?
  • Qual a sua contribuição social?

– Importância:
Esclarece como os processos e pessoas trabalharão o negócio da empresa para atender os stakeholders.

– Exemplo (LAN-UOL):
“Atender as necessidades dos nossos clientes, atuando de forma responsável nos âmbitos econômico, ambiental e social, com um produto de qualidade e serviço de excelência.”

A distribuição de combustível e a prestação de serviços nos postos atenderá as necessidades dos clientes, de forma sustentável e com qualidade.

4. Valores

– O que é?
São as crenças nas quais a empresa acredita e se mantém fiel em suas tomadas de decisão.
A tendência é que os valores não mudem.
Uma empresa tem de 3 a 7 valores.
Devem ser bem claros. De preferência definidos com um dicionário do lado.

– Importância:
Norteiam a postura que a empresa terá em suas decisões.
Uma empresa que tem como valor a preservação da vida jamais arriscará a de um funcionário para obter mais lucro (no mundo ideal é assim). ;)

– Exemplo:
“Foco no cliente; Modernização; e Qualidade.”

5. Análise dos Cenários

– O que é?
É o estudo de aspectos externos à empresa para a criação de cenas futuras nos cinco cenários básicos: Político, Econômico, Tecnológico, Mercado de Produtos e Relação Capital Trabalho.

Os Cenários analisam a Tendência, Oportunidade e Ameaça de cada um destes cinco cenários básicos.

Tendência – Macro fator de impacto genérico para a empresa. Impacta a todos;
Oportunidade – Fatores específicos de impacto positivo para a empresa;
Ameaça – Fatores específicos de impacto negativo para a empresa;

Estes cenários indicarão Oportunidades e Ameaças que deverão ser tratadas pelo Planejamento Estratégico.

– Importância:
É um exercício de previsão de futuro que determina ações para potencializar o crescimento do negócio e também a criação de estratégias para proteger a empresa das ameaças.

– Exemplo:

Análise de Cenários

6. Análise do Setor (PORTER)

– O que é?
É uma ferramenta de análise do setor no qual a empresa atua ou que pretende atuar.

Analisa as chamadas cinco forças de Porter, para identificar suas forças e fraquezas e proporcionar indicativos para novas ações estratégicas.

As 5 forças de Porter:

  • Novos Concorrentes (Novos Entrantes);
  • Clientes;
  • Concorrentes Atuais;
  • Produtos Substitutos; e
  • Fornecedores;

Esta ferramenta analisa a força e fraqueza que cada uma dessas cinco categorias possuem, ou seja, é uma análise do setor e não da própria empresa.

Existem duas formas de análise pelo Porter: 1- Se você já está atuando no setor; e 2- Se você deseja começar a atuar no setor;
Para de destacar em um novo setor a empresa tem que oferecer diferenciais.

– Importância:
Identifica as forças e fraquezas de cada uma das cinco forças de Porter e propicia mais uma oportunidade de identificar ações para potencializar as oportunidades ou se proteger das ameaças.

– Exemplo:Análise de Setor (Porter)

7. Matriz SWOT

– O que é?
É uma ferramenta de análise que compara aspectos internos da empresa com aspectos do mercado (fatores externos).
Serve para identificar as Forças e Fraquezas da empresa (aspectos internos) e as Oportunidades e Ameaças do mercado para o seu negócios.

Com o relacionamento desses quatro aspectos nós podemos gerar ações Ofensivas, Defensivas, e que minimizem a Debilidade e a Vulnerabilidade.

Abaixo a Matriz SWOT

Oportunidades Ameaças
Forças Ações Ofensivas Ações Defensivas
Fraquezas Ações para anular a Debilidade Ações para anular a Vulnerabilidade

 

Ações Ofensivas são definidas para aproveitar ao máximo o diferencial da empresa, ou seja, o que ela faz de melhor (Força), e aproveitar as Oportunidades que o mercado oferece;

Ações Defensivas são definidas para proteger a empresa das Ameaças do mercado utilizando suas Forças.

Anular a Debilidade são ações que visam minimizar ao máximo as Fraquezas e, em simultâneo, aproveitem as Oportunidades externas.

Anular a Vulnerabilidade são ações que visam minimizar ao máximo as Fraquezas frente às Ameaças levantadas.

– Importância:
A Matriz SWOT é importante porque auxilia o levantamento e a organização das Forças e Fraquezas da empresa e também as Oportunidades e as Ameaças do mercado.

Além disso, a principal importância dessa ferramenta é relacionar aspectos internos e externos da empresa, permitindo a criação de ações que potencializarão e protegerão os negócios da empresa.

– Exemplo:Matriz SWOT

8. Mapa Estratégico

– O que é?
É a representação gráfica do caminho até se chegar na VISÃO.

Contém os principais Objetivos Estratégicos (não necessariamente todos os identificados, somente os mais importantes), classificando-os nas quatro perspectivas estratégicas do BSC (Financeira, Clientes, Processos Internos e Gestão de Pessoas), representando a relação de impacto entre eles.

Os Objetivos Estratégicos são obtidos das outras ferramentas (Definição do Negócio, Visão, Missão, Porter, Cenário e SWOT) e a sua priorização visa identificar os que mais impactam o Plano Estratégico.

Os Objetivos Estratégicos devem ser SMART (eSpecífico, Mensurável, Alcançável, Relevante e Temporal).

Perguntar “Pra Que?” para um Objetivo Estratégico lhe ajuda a identificar outro objetivo mais importante ou com maior impacto, e lhe auxiliará na priorização dos que devem constar no Mapa Estratégico.

– Importância:
Define os principais Objetivos Estratégicos que deverão ser perseguidos pela empresa para que se consiga alcançar o definido na VISÃO. Mostra o relacionamento entre os Objetivos Estratégicos e o quanto um impacta na realização do outro.

– Exemplo:Mapa Estratégico

9. Painel Estratégico

– O que é?
É o desmembramento dos Objetivos Estratégicos contidos no Mapa, classificando-os nas quatro perspectivas do BSC (Financeira, Clientes, Processos Internos e Gestão de Pessoas) e que define os Indicadores, os Alvos e as Iniciativas Estratégicas para cada Objetivo, ou seja, define quando cada um será atingido.

Os indicadores informam a evolução do Objetivo Estratégico ao longo do período até se chegar na VISÃO.

Os Alvos são as metas a serem alcançadas pela empresa e definem o momento atual e os valores a serem alcançados em cada período até se alcançar o definido na VISÃO.

As Iniciativas podem ser os Objetivos identificados, que não foram priorizados no Mapa e indicam como alcançar os Alvos definidos.

– Importância:
Relaciona cada Objetivo Estratégico do Mapa com seu Indicador, seus Alvos ao longo do tempo e quais as Iniciativas que precisam ser executadas.

Determina de forma clara como um objetivo será acompanhado (Indicador), onde se quer chegar (Alvo) e o que cada um precisa fazer (Iniciativas)

– Exemplo:Painel Estratégico

10. Plano de Ação

– O que é?
É um desdobramento das Iniciativas indicadas no Painel Estratégico e geralmente é estruturado seguindo a regra do “5W2H” (What, Why, Where, When, Who, How and How much).

Algumas empresas adicionam informações de Status e Retorno ao seu Plano de Ação.

Não é obrigatório a utilização de todas as colunas propostas pelo “5W2H” para elaborar um Plano de Ação válido. Vai depender das necessidades da empresa.

– Importância:
Responde às perguntas do 5W2H para cada Iniciativa que, dessa forma, possibilita o acompanhamento de sua realização.

– Exemplo:
Plano de Ação

Conclusão

Espero que tenha gostado do resumo e que este post tenha esclarecido as suas dúvidas. Caso alguma ainda permaneça, faça seu comentário no formulário abaixo que responderei da melhor forma possível.