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O WhatsApp (ou zap zap para os íntimos) já virou um aplicativo padrão na maioria dos Smartphones brasileiros. Quem não tem está fora da onda quando o assunto é troca de mensagens entre amigos.

O problema é que muitas pessoas não sabem se comportar e acabam sendo muito chatas com suas mensagens. Tem aquele colega de trabalho que te manda um “zap-zap” às 22h pedindo uma informação de trabalho. Tem aqueles amigos que adoram mandar vídeos chatos mesmo que você já tenha reclamado. Tem aqueles grupos interessantes que você se esforça para permanecer como membro mas que tem um chato que só fica perturbando…

Por causa desses casos sempre me fazem a seguinte pergunta: Tem como bloquear um contato no WhatsApp!?

Isso é possível sim. Veja abaixo como é fácil.

Bloqueando Contatos no WhatsApp

Para bloquear algum contato no WhatsApp, basta seguir o passo a passo abaixo, porém, tenho que alertá-lo de duas coisas:

  • Você deixará de receber qualquer mensagem da pessoa bloqueada. Se bem que é exatamente esse o objetivo, mas a dica é desbloqueá-la caso deseje voltar a conversar com ela no futuro; e
  • Existem formas indiretas para descobrir se uma pessoa está te bloqueando. Mais abaixo no post explico como.

Então vamos ao passo a passo. Você pode seguir tanto pelo texto quanto pelas imagens que está bem didático:

1) Com o WhatsApp aberto, clique em Ajustes.Bloquear Contatos WhatsApp - Ajustes

2) Em seguida clique em Conta.Bloquear Contatos WhatsApp - Conta

3) Depois clique em Privacidade.Bloquear Contatos WhatsApp - Privacidade

4) Em seguida clique em Bloqueados.Bloquear Contatos WhatsApp - Bloqueados

5) Para bloquear um contato, clique em Adicionar Novo… e selecione quem deseja bloquear. Bloquear Contatos WhatsApp - Adicionar Novo

6) Caso queira desbloquear algum contato, basta clicar em Editar. Será exibida uma bolinha vermelha do lado dos nomes dos contatos bloqueados. Bloquear Contatos WhatsApp - Editar

7) Agora basta clicar na bolinha vermelha que o contato não estará mais bloqueado. Bloquear Contatos WhatsApp - Desbloquear

Atenção!
Quando um contato é bloqueado, ele não desaparece da sua lista e o seu telefone continua aparecendo na lista do seu amigo. Para excluí-lo, só removendo-o da lista de contatos do seu smartphone.

Como saber se você foi bloqueado

Como comentei lá em cima, existem alguns indícios que podem provar que o seu “amigo” te bloqueou. São eles:

  • A informação de visto pela última vez ou online não é mais exibida na janela de conversa;
  • Você não vê mais a atualização de fotos do perfil do seu amigo;
  • Todas as mensagens que enviar para o seu amigo só receberão um tique (mensagem enviada) e nunca o segundo (mensagem entregue).

Ou seja, se você estiver passando por esses sintomas é bem provável que é o chato da vez e o teu amigo te bloqueou. ;)

Conclusão

O WhatsApp é uma excelente ferramenta, mas devemos usar com muito zelo, pois temos amigos que não gostam de ficar recebendo vídeos chatos, fotos de gatinhos o mensagens que falem mal de pessoas que eles gostem.

Cuidado para não ser bloqueado. :) Espero que tenha gostado da dica. Qualquer dúvida pode comentar aí embaixo na área do post.

O maior desafio de todos os tempos é, sem dúvida, fazer com que o salário desse mês dure até o próximo!

Brincadeiras à parte, educação financeira é algo que deveria ser ensinado pelos pais, reforçado na escola e aplicado diariamente em nossas vidas.

Esse post é uma extensão do controle de orçamento pessoal que escrevi em julho de 2010, há quase quatro anos. A base do meu controle de orçamento permaneceu a mesma desde essa época, mas alguns conceitos evoluíram bastante e decidi mostrar pra você o que melhorou de lá pra cá.

Antes de postar o link para a planilha de orçamento devo começar explicando sobre o que entendo de orçamento pessoal. Vamos à explicação:

O que é Orçamento Pessoal?

Pra mim orçamento pessoal é administrar os sacrifícios (despesas) em prol dos nossos sonhos (investimentos).

Meu raciocínio com relação a juntar dinheiro mudou significativamente depois que li Investimentos Inteligentes do Gustavo Cerbasi. Enquanto lia esse livro cheguei a colocar uma frase bem reflexiva no meu twitter:

Poupar e depois gastar é diferente de poupar o que sobrar.Essa frase solta, sem qualquer base explicativa, pode confundir mais do que ajudar, mas, basicamente, indica que devemos sempre priorizar os nossos objetivos, sonhos e metas quando estamos planejando o orçamento pessoal. Se focarmos em juntar somente o dinheiro que sobrar no final do mês, esse dinheiro pode não ser suficiente para que alcancemos o nosso sonho de fazer aquela viagem internacional, de comprar a tão sonhada casa própria, de trocar de carro, de pagar a festa de casamento etc. Sonho cada um tem o seu, mas certamente alguns desses vão precisar de dinheiro para serem realizados.

Quando você passa a colocar os seus sonhos acima das suas despesas atuais, você começa a mudar significativamente o seu comportamento financeiro.

Não estou dizendo para deixar de pagar a conta de luz e guardar esse dinheiro. Não estou dizendo para andar 10km até o trabalho para economizar a passagem do ônibus. Também não estou dizendo para cortar o teatro, cinema e todos os encontros com os amigos para juntar mais dinheiro. Não é disso que estou falando.

Como já falei no post controle de orçamento pessoal, o objetivo é termos noção da quantidade de dinheiro que ganhamos, a quantidade que gastamos e, o principal, que é a novidade que aprendi depois de ter lido Investimentos Inteligentes, é que devemos definir quanto dinheiro devemos juntar para comprar o tão almejado sonho.

Isso significa que sacrifícios terão de ser feitos para alcançarmos essas metas. A proposta dessa minha planilha de orçamento pessoal é que seus sonhos venham acima das suas despesas e que você faça todo o possível para alcançá-lo. Se o seu sonho é viajar daqui a dois anos e essa viagem vai lhe custar aproximadamente R$20mil, planeje juntar R$830,00 por mês e administre todas as suas despesas para fazer sobrar esse valor no final do mês.

Economizar e juntar dinheiro envolve consumo responsável, revisão dos gastos e mudança de hábitos para otimizar ao máximo suas compras e atender as suas necessidades. Não adianta gastar todo o seu dinheiro comprando roupas novas no shopping e depois dizer que nunca consegue realizar seus sonhos porque nunca sobra dinheiro no final do mês.

Creio que deu pra entender o principal conceito dessa parte do post que é: priorize seus sonhos. Não posso me estender mais nesse assunto pois acabaria fugindo do foco principal que é a planilha de orçamento pessoal.

Planilha de Orçamento Pessoal

A minha planilha é muito simples de ser atualizada e você mesmo poderia ter criado uma versão semelhante, pois basicamente consolida todas as receitas que você obtém no mês, todo o dinheiro que você precisa juntar mensalmente para alcançar os seus sonhos e, por fim, todas as despesas que te deixam mais distante deles.

Então, quando abrir a planilha verá três grandes áreas consolidadoras, que são:

  • Receitas;
  • Objetivos de Investimento (nossos sonhos); e
  • Despesas.

Pode parecer estranho eu ter colocado as palavras “receitas” e “sonhos” no plural, mas muitas pessoas ganham dinheiro por mais de uma fonte de pagamento (salário, aluguel de imóvel, empréstimos para parentes etc.) e não aconselho a ter apenas um único sonho. Viagem internacional e casa própria são sonhos de longo prazo, mas passar um final de semana numa pousada legal ou comprar um bicicleta elétrica podem ser sonhos intermediários que lhe incentivarão a manter o foco com recompensas de curto prazo (afinal, ninguém é de ferro!).

Quanto ao item “despesas” no plural creio que não tenha gerado dúvida alguma, correto? Conta de luz, condomínio, fatura do cartão de crédito, gasolina, seguro, IPTU, IPVA, mensalidade da faculdade, pizza com os amigos, churrasco de confraternização etc. Despesas são sempre as mais fáceis de listar. Abaixo você já pode ver como essa planilha está estruturada:

Estrutura da Planilha de Orçamento Pessoal

Planilha de Orçamento Pessoal

*Clique na imagem para vê-la em tamanho maior.

Como pode reparar, as linhas representam as receitas, investimentos e despesas e as colunas representam os meses. Abaixo detalho cada uma dessas linhas:

  • Receitas x Investimentos x Despesas: essa linha vai te indicar se o seu orçamento está no vermelho (ruim) ou azul (bom). O cálculo é bem simples, pois é o somatório de todas as receitas, menos o somatório de todos os investimentos, menos o somatório de todas as despesas.
    A dica que utilizo bastante nessa célula é que todo o final do mês o valor aqui tem que ser zero. Isso significa que as minhas receitas cobriram todas os meus sonhos e também as minhas despesas.
  • Receitas: é o somatório de todas as receitas a cada mês.
  • % de investimento em relação à receita: esse é um indicador que mostra qual o percentual das suas receitas que está sendo destinando para os seus sonhos. Quanto maior esse indicador melhor, pois significa que você alcançará mais rápido os seus sonhos.
  • Objetivos de Investimentos: aqui você lista todos os seus sonhos!
  • % de despesas em relação à receita: ao contrário do indicador de investimento, esse mostra o percentual de dinheiro que você aloca para pagar as suas despesas. A meta é sempre tentar diminuir esse indicador. Claro que nunca vai chegar a zero, pois sempre temos contas pra pagar, mas ele te mostra se sua vida de gastança está exagerada.
  • Despesas: aqui você lista todos os seus compromissos mensais de pagamento, ou seja, tudo aquilo que te deixa mais distante dos seus sonhos.
  • Coluna dos Meses (Janeiro a Dezembro): prefiro ter um orçamento planejado por ano, mas você pode adaptar a planilha para as suas necessidades.

Essa é basicamente a estrutura da planilha e, para utilizá-la, você deve preencher, mês a mês, os valores previstos para cada receita, sonho e despesa.

Este post ficou bem grande e decidi dividi-lo em dois. No próximo explicarei com mais detalhes como faço para controlar o meu orçamento pessoal, com dicas para o controle da execução do orçamento e técnicas de marcação visual para indicar um pagamento realizado, pagamento agendado, receita já recebida etc.

Espero que esse post tenha lhe ensinado um pouco sobre controle de orçamento pessoal e que você já comece a testar o conceito no seu dia a dia.

Download

Download da Planilha de Orçamento PessoalPlanilha de Orçamento Pessoal.xls

A nossa vida financeira passa por diversas fases ao longo do tempo. A minha passou pela de juntar dinheiro e depois pela de gastar tudo para pagar o casamento e a lua de mel. :) Brincadeiras a parte, depois desses dois eventos voltei a juntar dinheiro e guardá-lo na famosa e segura Caderneta de Poupança, sem qualquer objetivo de longo prazo e também por preguiça de pesquisar os melhores investimentos atuais.

Como explicarei mais abaixo, acabei chegando na indicação do livro Investimentos Inteligentes – Estratégias para multiplicar seu patrimônio com segurança e eficiência, do autor Gustavo Cerbasi, o mesmo que lançou o livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, e posso dizer que a leitura me tirou da inércia e me encorajou a entrar no mundo das Ações e voltar a guardar minha suada economia no Tesouro Direto.

Investimentos Inteligentes - Gustavo Cerbasi

Um evento puxa o outro

Hoje vivemos numa época em que os autores estão à distância de um Twitter e podemos interagir com eles como se estivéssemos conversando com nossos amigos.

Sigo já há algum tempo o Gustavo Cerbasi pelo Twitter e já conhecia a sua obra Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (infelizmente sem resenha aqui no BrunoCunha.com) e resolvi tirar uma dúvida diretamente com ele:

Melhor adiantar as prestações do meu consórcio de imóvel contemplado ou investir esse dinheiro no Tesouro Direto?

Sem muita esperança, achei que o Gustavo não fosse responder, mas ele respondeu com uma simples palavra: Invista!

Twitter - Resposta Gustavo Cerbasi

Investimentos Inteligentes

Animado com a resposta, e querendo entender melhor a simples recomendação de investir ao invés de adiantar o pagamento das prestações do consórcio, resolvi comprar e começar a ler o segundo livro mais vendido de Cerbasi: Investimentos Inteligentes em sua versão revisada (2013) lançado pela editora Sextante.

Divido o livro em duas partes:

Parte 1:

A primeira foca num público que não está acostumado a investir e o autor esclarece alguns conceitos básicos sobre investimento, os principais obstáculos enfrentados pelos investidores iniciantes, além de criar um modelo de perguntas e respostas com as dúvidas mais comuns que recebeu de seus leitores.

Dúvidas como a diferença entre poupar e investir, ou se devemos contar com várias instituições para gerenciar o nosso dinheiro, ou que a melhor saída é sonegar impostos, ou que devemos contribuir cada vez mais para o INSS, ou que devemos manter o FGTS intocável, dentre outras, são respondidas em detalhes nessa primeira parte do livro.

Algumas de nossas verdades absolutas com relação ao dinheiro e investimentos serão rebatidas por Gustavo Cerbasi nesse livro e você ficará impressionado ao constatar que ele está certo e que muitas das suas verdades pessoais não são tão corretas como você pensa.

Não me considero um investidor iniciante, pois já tive a experiência de contratar uma Corretora de Valores e investir em títulos públicos (Tesouro Direto), e talvez por isso tenha achado essa primeira parte um pouco chata de ler por ser bem introdutória, mas tenho certeza que ajudará muito os novos investidores, que são pessoas com muitas dúvidas que precisam de um “empurrãozinho” para terem acesso a investimentos melhores que a Caderneta de Poupança.

Parte 2:

Apesar de não ter gostado muito da primeira parte, posso dizer que, para mim, a segunda pagou todo o investimento no livro. Foi aqui que encontrei o que eu realmente estava procurando nessa obra.

Da metade do livro em diante o Gustavo começa a detalhar as diversas opções de investimento que existem no mercado financeiro brasileiro. O autor explica e contesta alguns detalhes da Caderneta de Poupança, explica a diferença entre os investimentos pré e pós fixados, o que são os CDBs, Debêntures, Letras Hipotecárias, Letras de Crédito Imobiliário, Letras de Crédito do Agronegócio, Ouro, Fundos de Investimento, Fundos de Imóveis, Renda Fixa e o que eu mais aguardei nesse livro, os investimentos de Renda Variável, ou como são mais conhecidos, as Ações.

O meu principal objetivo ao ler esse livro era aprender um pouco mais sobre o Mercado de Ações e, nesse assunto, posso dizer que aprendi bastante, mas, além desse tópico, aprendi também outras opções de investimentos que não conhecia: debêntures, letras hipotecárias e fundos de imóveis por exemplo.

Conclusão

Essa leitura me tirou da inércia e me fez voltar a pensar em investir com um propósito, com uma meta, com o objetivo de juntar dinheiro para realizar algum sonho. Peguei parte das minhas merrecas e voltei a investir no Tesouro Direto e a outra parte no novo mercado de ações (novo para mim ao menos).

Esse livro me incentivou a investir uma parte em renda variável, mas, o principal aprendizado que obtive resumi no seguinte twitter:

Poupar e depois gastar

Reflita com esse pensamento e perceberá uma diferença muito grande quando o assunto é realização de sonhos!

Então, se você quer aprender novas formas de investir além do básico (Caderneta de Poupança), recomendo a leitura de Investimentos Inteligentes (compre aqui mais barato).

Mais um livro lido que acrescentou bastante pra minha vida, afinal, num mundo capitalista, saber investir corretamente lhe fará alcançar seus sonhos mais rapidamente, pois, a diferença entre uma criança e um adulto está apenas no preço de seus brinquedos!

Boa leitura!!!

Depois de ler A Batalha do Apocalipse tive a certeza de que o Eduardo Spohr teria que ralar muito para continuar criando histórias surpreendentes e manter fiel o seu público que adorou conhecer o Spohrverso*.

Filhos do Éden é uma trilogia que conta a história de anjos que vivem na Terra durante o período abordado em A Batalha do Apocalipse, ou seja, do início ao fim dos tempos.

Pode parecer estranho, mas essa trilogia acontece no mesmo período de A Batalha do Apocalipse, porém, com o foco voltado para outros personagens mais “humanos”. Enquanto na Batalha um arcanjo pode destruir o mundo com apenas um golpe, em Filhos do Éden, os anjos na Terra usam armas, extintores e outros objetos do mundo físico para lutar contra seus adversários. Essa é certamente uma solução de roteiro muito inteligente para tentar equilibrar os poderes entre os personagens angélicos e nós humanos.

Do que se trata Anjos da Morte

Capa - Anjos da Morte - Filhos do Éden

Apesar de ter levantado a deixa entre uma guerra entre humanos e anjos no parágrafo anterior, não é bem isso o que acontece nesse livro.

Anjos da Morte é o segundo volume da trilogia Filhos do Éden, lançado em 2013 pela editora Verus e é sem dúvida MUITO melhor que Herdeiros de Atlântida. Falo isso porque achei Herdeiros de Atlântida um livro de menininha (talvez pelo fato da personagem principal, Kaira, ser uma mulher em crise existencial, perdida numa cidade esquisita, vivendo uma vida que não é a dela), mas esse segundo livro não. Esse é livro de homem!

Tiro, sangue, guerra, briga, luta, suor, lama, terror! Como bem resumiu Eduardo Spohr na introdução do livro, Anjos da Morte é “pólvora, napalm, sangue e lágrimas“! Não arrisco a dizer, confirmo: Anjos da Morte é o segundo melhor livro que Eduardo Spohr escreveu até hoje! Em primeiro, é claro, ainda permanece A Batalha…

Para quem já leu o primeiro volume dessa trilogia sabe que Denyel “se sacrifica” para salvar Kaira e seus companheiros na batalha em Atlântida, mas quem ainda não começou a ler Anjos da Morte vai se surpreender com os detalhes da vida desse personagem e por quanta coisa ele já passou no mundo físico.

Apesar de ter adorado muito A Batalha (sei que é chato, mas tenho que fazer as referências devidas quando necessário), não gosto muito quando um livro é recheado de flashbacks, ou seja, quando estamos numa linha temporal da história e, num virar de página, voltamos num passado longínquo para explicar algo que vai acontecer num futuro próximo. Fico sinceramente muito chateado com esse vai e volta, mas em Anjos da Morte o autor desenvolveu uma narrativa na qual nunca havia sido apresentado antes: a dupla linha temporal.

A dupla linha temporal

Denyel - Anjos da Morte

Adorei a forma como foi organizado esse livro. Existem duas linhas temporais: a linha do presente, que conta a saga de Kaira (agora mais poderosa e menos menininha), e a linha do passado, que conta a história de Denyel. Simples assim.

Essa divisão de presente e passado é bem diferente do conceito de flashback, pois um personagem de uma linha temporal não está nunca na do outro. Isso simplifica a leitura pois deixa claro ao leitor que, quando se está falando de Denyel, está se falando da vida do personagem antes do início do livro Herdeiros de Atlântida, e, quando se está falando de Kaira, está se passando depois do final desse primeiro livro.

Achei fantástico essa divisão temporal. Primeiro pela simplificação de entendimento durante a leitura e, segundo, pelo excelente trabalho de desenvolvimento do personagem Denyel, contando todo o seu passado e explicando para o leitor o porquê dele ser um anjo exilado na Terra.

As Castas Angélicas que não limitam

Querubins, Serafins, Ofanins e Elohins são alguns exemplos de castas angélicas detalhadas por Spohr para definir habilidades e fraquezas de cada ser angélico. Engraçado perceber em Anjos da Morte que a casta é algo que determina o comportamento, porém, não é uma limitação física, psíquica ou mágica definida no nascimento do anjo. A casta é algo no qual o ser toma como verdade e vive de acordo com suas leis.

Existe uma passagem no livro que isso fica muito claro para mim, que é quando Denyel, da casta querubin, aprende uma “habilidade” até então exclusiva dos elohins. Se uma habilidade pode ser ensinada, e seu conhecimento absorvido por um anjo de outra casta, então a casta é apenas algo para tolher o desenvolvimento da raça. Esse detalhe parece ser bem sutil, mas pode nos surpreender mais no terceiro volume da trilogia. Quem sabe!?

Também existe a possibilidade de eu estar completamente enganado e não ter entendido nada, mas é um risco que corro ao achar que descobrir algo que ninguém descobriu! :)

Conclusão

Este é certamente um ótimo exemplo de LIVRO QUE DEVE SER LIDO por todos aqueles que gostam de fantasia. Eduardo Spohr me surpreendeu muito nesse segundo volume com uma história maravilhosa e envolvente, mas também me surpreendeu pelo excelente Português empregado.

Um livro bem escrito sempre me dá uma inveja boa, pois sempre penso: um dia ainda terei um Português nesse nível. Ainda bem que li no Kindle, pois ele tem um dicionário digital que me ajudou bastante a ampliar o meu vocabulário lendo o Spohr.

Mais uma vez, parabéns ao Spohr por mais essa obra e que essa resenha o incentive ainda mais a concluir o terceiro volume, pois sei que muitos, assim como eu, estão ansiosos por concluir essa saga.

Gostou da resenha e ficou ansioso pra começar a leitura, então corra e compre o seu exemplar mais barato!

*Spohrverso – universo criado pelo Eduardo Spohr que serviu de ambiente para o primeiro livro A Batalha do Apocalipse e também serve para Herdeiros de Atlântida e Anjos da Morte.

Esse livro “O Poder do Hábito – por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios“, de Charles Duhigg, publicado no Brasil pela editora Objetiva, é uma obra que tem de ser lida por aqueles que buscam por auto-conhecimento e desenvolvimento baseado numa esfera científica e não filosófica ou espiritual. Digo isso pois o autor estudou diversos casos distintos, envolvendo diferentes comportamentos humanos, para chegar à conclusão do que são os hábitos e como podemos alterá-los.

Confesso que no começo da leitura adotei uma postura cética com relação aos “estudos de casos” citados pelo autor durante a narrativa, pois não conhecia nenhum dos exemplos e pensei logo que eram fictícios, que estavam no livro apenas para me convencer das verdades constatadas por Duhigg. Mesmo com esse ceticismo, continuei a leitura e não me arrependi, pois no meio do livro são citados casos que me aproximaram da linha de raciocínio do autor, como o do nadador Michael Phelps, o maior medalhista da história das Olimpíadas, que criou uma rotina de aquecimento antes de pular na piscina, onde cada exercício concluído é uma pequena vitória, e que o somatório dessas vitórias sempre o levava ao topo do pódio.

O que é o Hábito?

Após ler esse livro, entendo agora que o hábito é um comportamento normal de qualquer indivíduo e todos temos hábitos bons e hábitos ruins. Entendo que o hábito é algo que fazemos sem utilizarmos todas as funções do nosso cérebro. É algo que fazemos por já estarmos acostumados com certa situação.

O Cérebro otimiza as nossas tarefas

Os hábitos, dizem os cientistas, surgem porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço.

Ao ler o livro você vai perceber que o hábito surge quando seu cérebro otimiza o processamento da informação e cria uma rotina específica para uma atividade corriqueira.

A maioria de nós não para pra pensar se colocamos com a mão direita ou esquerda a pasta de dente na escova, se escovamos primeiro os dentes de cima ou os debaixo ou se calçamos primeiro o pé direito e depois o esquerdo. Nós simplesmente fazemos essas atividades sem prestar muita atenção em nossas ações, pois nosso cérebro reconhece o que precisa ser feito e aciona o hábito daquela atividade.

Quando um hábito surge, o cérebro para de participar totalmente da tomada de decisões. Ele para de fazer tanto esforço, ou desvia o foco para outras tarefas.

O hábito é um comportamento acionado pelo nosso cérebro para economizarmos energia, pois, se precisássemos de todo o poder cerebral para executar todas as nossas atividades, teríamos estafa mental antes de chegarmos na hora do almoço, e isso não seria nada legal.

Gatilho, Rotina e Recompensa

Ciclo do Hábito

Fonte: mude.nu/metas-2014-objetivos-passos/

Charles Duhigg resume o hábito em três fases:

  • Gatilho: é o que aciona o hábito. O cérebro detecta o um padrão ou uma sugestão e ativa o hábito para ficar livre e executar outras funções;
  • Rotina: é o comportamento pré-programado pelo cérebro para atender ao gatilho do hábito. É a sequência de ações que começamos a realizar automaticamente, sem pensarmos muito sobre elas;
  • Recompensa: é o que sempre buscamos quando o hábito é acionado e geralmente está associado a uma sensação de prazer, de dever cumprido, de saciedade ou de realização.

O vício pode ser considerado um hábito. Num viciado em cigarro, quando o organismo percebe a queda do nível da nicotina, o cérebro aciona o gatilho do hábito de fumar. A rotina inicia o comportamento de acender um cigarro em busca da sensação de prazer, a recompensa, que é o aumento do nível de nicotina no corpo.

Mudando o seu hábito

Mudar o hábito não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Entendendo qual o gatilho de um hábito você pode alterar a rotina ou substituir a recompensa.

O autor dá um exemplo bem interessante de um de seus próprios hábitos que é o de levantar no meio do expediente de trabalho e comer cookies na lanchonete. Isso ele fazia todos os dias e o estava deixando cada vez mais gordo. Ao analisar o hábito, ele percebeu que o gatilho não era a fome e nem a recompensa de euforia provocado pelo aumento do nível de insulina (açúcar) no sangue, e sim pela necessidade de bater-papo com alguém para relaxar um pouco a tensão do trabalho. Sabendo disse ele parou de comer cookies e agora perturba seus colegas de trabalho por uns 10 minutos. (Quem nunca recebeu em sua mesa um colega de trabalho que quer jogar conversa fora? E justo naquela hora que você mais precisa de concentração! #QuemNunca!)

Os hábitos nunca desaparecem de fato.

O grande vilão da mudança do hábito é que o hábito antigo nunca desaparece completamente. Quando queremos criar o hábito de ir para a academia para melhorarmos a nossa saúde, o hábito de sair do trabalho e ir pra casa sempre vai te lembrar que é muito mais gratificante ficar no sofá vendo TV do que suando numa esteira. A perseverança e o foco na nova recompensa, a de melhorar a sua saúde, vai ter que ser mais poderosa para suplantar o hábito antigo.

Conclusão

Aprendi muito com esse livro e consegui mudar um hábito muito ruim que eu tinha: o de ficar “cutucando” as unhas das mãos. Engraçado que existe uma passagem do livro que trata exatamente desse exemplo e que, no meu caso, funcionou muito bem. Todas as vezes que eu lia um livro ou que ficava parado sem fazer nada (gatilho), o hábito de ficar cutucando as unhas era acionado para compensar a fasta do que fazer (recompensa). Parece uma coisa muito boba, mas alterei a rotina dando apenas três batidas com o dedo em qualquer lugar para me lembrar: “Mude esse hábito e pare de ficar cutucando as unhas”.

Deu muito certo no meu caso e agora tento aplicar o que aprendi com o livro no meu dia-a-dia, analisando os meus hábitos ruins e tentando melhorá-los.

Se você quer aprender mais sobre você mesmo, recomendo que compre o livro O Poder do Hábito e aprenda a criar hábitos bons e a eliminar os ruins. Não é tarefa fácil, mas a leitura vai te mostrar que é possível.

Se, antes de comprar o livro, você quiser saber mais sobre ele, recomendo assistir o vídeo e ler o resumo preparado pelo Seiiti Arata para o curso Produtividade Ninja. Fiz esse curso e, coincidentemente, terminei de ler o livro no momento exato que foi tratado o tema nas videoaulas.

Então é isso. Espero que essa resenha tenha te convencido a começar a ler O Poder do Hábito e que seja o gatilho para que você evolua cada vez mais e crie muitos hábitos bons em sua vida! Se gostou do que leu, indique a um amigo e ajude a melhorar também os hábitos dele.

Se você é ouvinte de podcast, ajude os seus amigos-da-orelha a mapearem público de seus podcasts respondendo a PodPesquisa 2014.

Essa pesquisa já está em sua terceira edição e nesse ano está sendo organizada por Eduardo Sales (Papo de Gordo e Mecacast), Gabriel Toledano (Aerocast), Leo Lopes (Radiofobia) e Ronaldo “Racum”, um grupo de amigos que resolveu sair da zona de conforto e transformar a ideia de realizar uma nova pesquisa em realidade.

O que é a PodPesquisa?

Logo da PodPesquisa 2014

Respondendo o questionário da pesquisa você vai ajudar os responsáveis pela produção dos podcasts que você adora a melhorar cada vez mais a qualidade e o foco dos seus programas.

Essa pesquisa mostrará para os Podcasters qual o real perfil do seu público, descobrindo se a maioria é adolescente do sexo masculino ou se são coroas femininas. Esse tipo de informação pode não parecer importante, mas é, pois ajuda os produtores a definirem melhor o tema para seus programas e ajustar o foco desejado.

Como ajudar?

Existem duas formas de ajudar na pesquisa:

  1. Respondendo o questionário apenas uma vez;
  2. Divulgando o link da pesquisa para todos os seus amigos.

OBS: Essa pesquisa não é um ranking para selecionar “o melhor podcast do mundo” (que, aliás, já sabemos ser o Nerdcast), e, portanto, não adianta responder várias vezes o questionário, pois estará atrapalhando mais que ajudando. Não entendeu? Se responder mais de uma vez vai viciar o dado e o resultado não será tão confiável.

Quer saber mais?

Veja nos links abaixo mais artigos falando sobre a pesquisa:

Então?

Já respondeu o questionário? Não!? :) Corra e contribua para que a comunidade de podcast nacional evolua cada vez mais!

www.podpesquisa.com.br

Por que estou escrevendo esse post? Simples: sou um grande entusiasta dessa mídia e gosto muito de vê-la evoluindo.

Quem acompanha o Affonso Solano no twitter (@affonsosolano) e gosta quando ele está presente no Nerdcast e no podcast do Matando Robôs Gigantes, já está de saco cheio (no bom sentido) de saber que o livro O Espadachim de Carvão é uma obra de arte da literatura fantástica brasileira.

Estava com a missão-de-vida-NERD de verificar se esse livro era realmente tudo de bom que os fãs-fanáticos do autor estavam dizendo ou se eram simplesmente fãs-fanáticos mesmo.

Infelizmente não pude ler quando foi lançado, pois ainda estava lendo o segundo ou terceiro livro da saga Guerra dos Tronos de George R. R. Martin e, quem conhece os meus hábitos de leitura, sabe que, quando começo uma saga, vou até o fim. No caso de Guerra dos Tronos, até o último livro publicado atualmente.

Mas vamos parar de falar de George Martin e voltar a falar de Affonso Solano e seu primeiro livro: O Espadachim de Carvão.

O Espadachim de Carvão

Já começo essa resenha dizendo que o livro não acaba quando termina. Pra quem se acostumou a ler Martin e suas 800 páginas num único volume, O Espadachim de Carvão é uma leitura muito rápida e direta em suas poucas 256 páginas.

O Espadachim de Carvão - Capa

(Ilustração da capa por Rafael Damiani. Projeto gráfico da capa: Rico Bacellar)

Esse livro é mais um que cria um mundo único (Kurgala), onde diversas raças diferentes, mais a humana, vivem em harmonia e misturadas. Adapak, o personagem principal do livro, um ser de pele negra, sem nariz e orelhas, mas com boca (ainda bem), é colocado numa situação que não sabe exatamente o que está acontecendo.

Filho de um dos deuses de Kurgala, Adapak foi treinado na arte dos círculos; técnica que utiliza espadas e probabilidade para determinar os movimentos e ações que levarão à vitória. Tudo isso eu já sabia ao acompanhar os mini-spoilers lançados pelo Affonso em sua conta pessoal no twitter, mas tinha a esperança de entender melhor como esses círculos funcionam ao ler o primeiro volume. Não. Ainda não entendi muito bem como eles funcionam. Curioso como sou, aguardo ansioso que essa técnica seja melhor explicada nos próximos livros.

No começo da leitura fiquei impressionado com a delicadeza e preocupação que Solano dedicava ao Português. Sim, o livro é muito bem escrito, ou muito bem revisado, e me impressionou já nas primeiras folheadas. Pensei que fosse ler uma historinha escrita por um adolescente, sem ritmo ou concordância, e tive a grata surpresa de estar completamente enganado. Parabéns por esse ponto.

Me senti perdido

Juro que, logo no início do livro, me senti completamente perdido com o que estava lendo. Pensei: o que está acontecendo!!??

Bobagem. Era exatamente onde autor queria que os leitores estivessem: perdidos. Me pegou de surpresa, pois, no decorrer da história o livro utiliza a técnica de flashback e delicia o leitor com detalhes que vão esclarecendo aos poucos os pontos abertos e te fazendo entender o motivo pelo qual Adapak se encontra naquela situação.

Adapak por @Joviglam

Adapak por Joviana Marques

É angustiante se colocar na pele de um personagem que não sabe o que está acontecendo e nem o que fará para sair dessa situação. Gostei de voltar a sentir isso pelo herói.

Acostumado com Gerra dos Tronos, havia aprendido a não nutrir sentimentos esperançosos pelos personagens principais, pois acabavam morrendo no capítulo seguinte; mas não com Adapak!

Quase xinguei o Solano!

Apesar de ser um livro de aventura, no qual você espera que o personagem vença todas as lutas sem qualquer arranhão, Adapak sofre um acidente que me fez sentir medo! Não posso falar o que aconteceu pois seria um grande spoiler, mas juro que pensei em ativar o coração-frio que utilizava ao ler George Martin.

Se tem coração fraco ou desmaia ao ver ou sentir o cheiro de sangue, cuidado com a leitura! ;)

O que não gostei?

Influenciado por mensagens de twitter e por citações em Nerdcasts, criei  em minha cabeça o mundo de Kurgala totalmente diferente que o do autor. Explico:

Como já sabia que Adapak era filho de um Deus, que viveu isolado numa ilha, lendo livros de fantasia que eram deixados como oferenda para seu pai, achei então que ele estava vivendo na Terra, onde só existiam seres humanos e sua eventual aparição provocaria um reboliço (Extraterrestre? Super-herói? Demônio? Amigo? Inimigo?). 

Imaginei o presidente dos Estados Unidos mandando agentes secretos para tentar capturá-lo e sendo mortos em sequência pelos círculos. Não, Kurgala não é a Terra e, não, os seres-humanos são apenas mais uma das raças que vivem nesse planeta. É algo parecido com Star Wars, onde cada raça possui habilidades e vantagens diferentes, que as tornam mais letais, inteligentes e vulneráveis que outras.

Achei o meu mundo melhor, mas é normal imaginarmos coisas que, no final, não tem nada a ver com a realidade, afinal, cada um monta o seu mundo do jeito que quiser.

O livro é ruim?

Mas é claro que não. O Espadachim de Carvão é muito bom! Fiquei até muito orgulhoso por saber que temos mais um brasileiro escrevendo histórias excelentes, que incentivam os jovens leitores a tomar o gosto pela leitura.

Se você gosta de livros de fantasia e aventura, esse é um que você deve ler urgentemente. Ele é pequeno e já temos promessas de lançamento do segundo volume, que aguardo ansiosamente para comprar e ler no meu Kindle! Aliás, agora tenho que descobrir como obter um autógrafo no meu ebook! :)

Parabéns ao Affonso Solano e obrigado por trazer de volta a liberdade de poder torcer sem muito medo pela vitória esmagadora do personagem principal! (ao menos nesse primeiro livro, é claro).

Saiba mais

Quer conhecer mais sobre o livro ou sobre o autor, visite o site oficial:

http://espadachimdecarvao.com/

A cada livro que leio de George R. R. Martin fico mais indignado com ele. Sei que tem todos os poderes de criar e acabar com seus personagens, mas, por favor, pare de criar em seus leitores a esperança de um conto de fadas e acabar com toda essa história fantástica que criamos na cabeça num simples virar de folha!

Já havia dito em resenhas anteriores das Crônicas de Gelo e Fogo que nunca se apaixonasse por um personagem, pois ele pode acabar sendo excluído da história no auge dos acontecimentos. Quem já chegou até aqui, livro 5 dessas Crônicas, sabe muito bem do que estou falando, mas, se você nunca leu nenhum livro dessa saga ainda, seria como o “Lobo Mau” morrer de ataque cardíaco no momento que está invadindo a casa da vovozinha! Entendeu!? Toda a tensão de ver o lobo entrando e atacando o morador acaba com o personagem “principal” e você fica pensando: e agora!?

Pois é, George Martin é assim e não podemos pensar diferente. Tenha certeza que ele nunca vai decepcionar quanto a isso. É surpreendente como ele consegue desenvolver um personagem durante 5 livros e simplesmente matá-lo da forma mais banal possível nas últimas páginas, deixando você com raiva por ter que jogar fora toda a história que formou em sua mente.

Depois da sessão desabafo, vamos falar do livro propriamente dito.

Arte da Capa do livro A Dança dos Dragões de George R. R. Martin

Não sei quanto a você, mas sinto dificuldade em lembrar todos os detalhes dessa obra de 864 páginas, para poder resumi-las aqui em poucas palavras. Martin adora escrever livros grandes, mas não sinto a narrativa cansativa, apesar de demorar um tempo considerável para concluir a leitura.

Nesse quinto livro, A Dança dos Dragões, Martin não decepciona seus fãs e mata alguns personagens principais só para não perder o costume. Como sempre faço, escolho um personagem principal por livro, pois sinto que foi dado mais foco pelo autor. Nesse quinto volume elejo Daenerys Targaryen, a mãe de dragões, como a personagem que mais recebeu foco nessa aventura.

Daenerys foi a mais desenvolvida nesse volume, nos passando a angústia da decisão de voltar para Westeros e reconquistar os Sete Reinos, ou ficar nas Terras Distantes e cuidar do seu povo livre. Sem contar o problema que é administrar três dragões do tamanho de rinocerontes vivendo numa cidade populosa e farta em comida de carne humana.

Não foi dessa vez que Daenerys morreu (quase), mas certamente o autor está deixando histórias serem desenvolvidas nas cabeças dos leitores para, no próximo livro, trazê-los à realidade e mostrar que no mundo de Westeros, apesar de ter dragões e seres fantásticos, a vida é tão dura e perecível quanto é no mundo real. Tenho certeza absoluta que ela vai morrer!!!!

Mas o livro não é só dela. A luta pelo reino ainda continua. O “rei” Stannis Baratheon “continua” a sua luta em busca de seguidores para seu exército para reconquistar os Sete Reinos, que é seu por direito (todo rei pensa assim, como todo preso se diz inocente).

Os Lannisters agora lutam dentro de casa para conseguir manter o reinado de Tommen-produto-de-incesto-Baratheon(Lannister), ameaçado pelo poderio militar da casa Tyrell, de sua linda e inocente esposa Margaery. Afinal, como na lei da selva, o mais forte sempre sobrevive. Além desse pequeno problema simples, Jaime Lannister some misteriosamente sozinho com a mulher mais forte/feia do Reino, provavelmente ao encontro de sua morte, e Tyrion está se “divertindo” como escravo-palhaço-fugitivo nas Terras Distantes.

E Arya da casa Stark? Onde está? Quem é? Está viva? Cega? Surda? Tenho medo de me apaixonar mais por essa personagem e sofrer quando for assassinada violentamente por um mendigo qualquer fora de contexto. Muitos ficarão com raiva se isso acontecer. Certamente!

Sansa e Mindinho? Esquece, não são citados nesse livro. Por um lado isso é até bom, pois não foi dito que morreram!

Geroge R. R. Martin

George R. R. MartinPara mim, o personagem de toda essa história que me deixa mais apreensivo é o próprio autor. Segundo o cronograma, a saga Crônicas de Gelo e Fogo terá sete volumes, ou seja, dois ainda precisam ser publicados e, quem já viu fotos, sabe que ele não é uma pessoa muito jovem.

Nascido em 20 de setembro de 1948, 65 anos de idade e trabalhando muito na produção da série de TV homônima da HBO, não sei se dará tempo de terminar de escrever essa saga.

Tomara que ele viva até os 150 anos e consiga concluir seus trabalhos bem antes disso, para que seus fãs continuem viajando em seu mundo e vivendo entre o limite da paixão e do ódio que aprendemos a adorar nesses cinco livros publicados.